Fruta da época
Foto: Graziela Costa
Cada vez mais me preocupo em ter cuidado com a minha alimentação, mas às vezes é difícil porque os preços nos supermercados são cada vez mais caros e na maioria das vezes sinto que estou a comer "água" porque a fruta não me sabe a nada.
Vivo em Lisboa desde 2009 e confesso que não conheço muitos mercados aqui (por isso, se alguém conhecer agradeço que me digam) e acabo por trazer fruta de casa dos meus pais, mas como só vou lá de dois em dois meses essa fruta acaba sempre por se esgotar e passo algum tempo sem comer esse tipo de alimentos.
Em minha casa sempre se consumiu muita fruta: o meu pai é viciado em laranjas, a minha mãe gosta de um pouco de tudo e eu sou mesmo fã de frutas docinhas.
Até aos dez anos vivi na quinta dos meus bisavós e habituei-me a ir às vinhas e colher uvas (de produtor, as minhas favoritas), a sentar-me debaixo da figueira e comer figos frescos, a ver as árvores florir na Primavera e dar frutos lá para o fim do Verão.
Essa é uma das coisas que mais tenho saudades e quando mudámos de casa, os meus pais fizeram questão de plantar várias árvores no nosso pequeno quintal.
Actualmente, essas árvores ainda estão pequenas e às vezes conseguimos cinco ou seis frutos por época, mas o bom das terras pequenas é que há sempre uma pessoa amiga que tem maçãs ou pêras e oferece. Assim, acabo por comer muita fruta da época e segundo sei essas frutas também acabam por ser mais baratas.
Há um senão, estas frutas não são especialmente bonitas porque crescem sem pesticidas, sem controlo de produção, mas são totalmente biológicas e sabem realmente a fruta, algo que eu valorizo bastante. Por isso, antes de se lançarem a umas maçãs gigantes numa grande superfície pensem bem se elas são mais baratas e mais saudáveis, que as que estão à venda na lojinha perto de vocês.