10 artistas a não perder no festival Paredes de Coura
Falta uma semana para começar o meu festival de verão favorito independentemente do cartaz e das condições meteorológicas, por isso hoje partilho convosco os dez artistas que eu não quero perder no Paredes de Coura 2015, mas antes conto-vos a minha história com este festival.
A minha relação com o festival de Paredes de Coura começou em 2002 quando a minha prima Carla, que tem mais dez anos que eu, me contou como tinha sido a sua experiência por lá. Na altura tinha 15 anos, era doida por música (ainda sou) e só queria sair da minha terrinha para ir ver os artistas sobre os quais lia na Blitz e na Rock Sound. Depois em 2003, os meus pais colocaram Cabovisão em casa e nesse ano assisti às transmissões de todos os festivais de verão pela Sic Radical, mas o que mais me despertou curiosidade foi mesmo o de Paredes de Coura.
Já em 2006, enquanto estudava em Coimbra os meus colegas do liceu falaram-me em ir a Paredes de Coura e pareceu-me ouro sobre azul, pois finalmente tinha companhia para lá ir, o problema é que não tinha dinheiro nem para o bilhete nem para a viagem, mas como eu sou uma rapariga desenrascada tratei de ir à internet procurar concursos e depois de muito concorrer lá consegui ganhar um bilhete geral graças a uma foto que o meu pai me tirou (mal ele sabia no que se estava a meter eheheh).
Ora, bilhete já tinha, mas faltava-me dinheiro para a viagem e assim decidi juntar uma série de "tralhas" que já não me faziam falta e fui vender para uma feira de coisas em segunda mão e a verdade é que consegui juntar todo o dinheiro que precisava.
O problema foi que à última da hora, as raparigas do meu grupo "cortaram-se", mas eu pensei "que se lixe, agora vou na mesma" e assim fiz, apanhei o bus para Coimbra, depois um comboio regional para o Porto, mais outro regional para Valência e um autocarro para Paredes de Coura. Basicamente demorei um dia inteiro para chegar lá, mas valeu a pena, pois quando vislumbrei aquele anfiteatro natural senti-me em casa. Era aquilo que eu tinha sonhado e muito mais. Confesso, que até hoje foi o melhor Paredes de Coura a que fui, não pelo cartaz (apesar de ter sido um dos melhores, é impossível esquecer aquele concerto do Morrissey), mas pelas peripécias que vivi, como ficar sem tenda, a minha roupa ficar toda molhada e eu ter de me secar ao pé de uma conduta de ar condicionado, ter um ataque de formigas no cacifo ou perder todas as fotos que tinha tirado porque o meu cartão de memória encharcou devido à chuva intensa que se fez sentir. Sim, não foi pêra doce, mas voltei e vou continuar a ir até não conseguir mais e mesmo nas edições em que não fui, 2012 e 2014, porque estava a estagiar, o meu coração esteve lá, por isso este ano, mesmo desempregada volto para pelo menos por uns dias ser feliz.
Assim, espero que os TV On The Radio, o Mark Lanegan e a Lykke Li me dêem grandes concertos aos quais já me habituaram e que o Charles Bradley, a Natalie Prass, o Father John Misty e os Tame Impala (que eu agora já gosto) me surpreendam pela positiva.
Tal como nos festivais anteriores vou postar fotos no Facebook e no Instagram do blogue, mas no final vão poder ver a reportagem fotográfica completa no site do Festivais de Verão.
Vemo-nos em Paredes de Coura?