Restaurantes - Café de São Bento
Fotos: Graziela Costa
Mesmo junto ao Palácio de São Bento encontra-se um dos restaurantes mais icónicos de Lisboa. Totalmente invisível do lado de fora, o que aguça ainda mais o mistério, para se entrar no Café de São Bento tem de se tocar a uma campainha e mal entramos parece que somos transportados para um daqueles clubes de artistas do século dezanove.
O ambiente é intimista, as paredes são vermelhas e as duas salas que compõem este restaurante são iluminadas por pequenos candeeiros tornando o ambiente ainda mais aconchegante.
Com diversas entradas à disposição nós escolhemos os Camarões al ajillo e posso garantir-vos que estavam maravilhosos, já que os camarões eram grandes e o molho tinha o sei quê de picante. Provámos também o couvert composto por pão, manteiga e patê de paiola, algo que eu nunca tinha comida, mas que adorei.
Como os bifes são mesmo a especialidade deste Café decidi experimentar o Bife à Café de São Bento, um prato cuja receita tem mais de 35 anos e que é inspirada no bife à Marrare. Um bife suculento, tenro, envolto em molho e que acompanha com batatas fritas aos palitos. Para variar e porque à noite a minha mãe prefere pratos de peixe pedimos um Strudel de Bacalhau à Tribeca, isto é um folhado crocante com recheio cremoso de bacalhau e brunhesa de tomate e azeitonas, rúcula e vinagreta de xerez. Delicioso!
Acompanhámos também a nossa refeição com uma sangria de frutos vermelhos, que estava bem docinha tacl como eu gosto e para as sobremesas escolhemos um Carré 2 Chocolates Denegro (chocolate de leite e chocolate negro a 70% sobre biscoito de amêndoa e crocante de avelã), muito bom, mas demasiado pesado para comer depois de um bife. Ganhou então famosa Tarte Tatin de maça, com gelado de baunilha, uma tarte que posso dizer-vos que dá dez a zero a todas as que comi até hoje.
No final, descemos até ao bar e tomámos um chá de limão junto à sala que o Café chama de Júlio Pomar (a gerência adquiriu uma serigrafia para homenagear este artista), pois era lá que o ilustre pintor português (aproveitem para ver aqui a minha visita ao seu Atelier Museu) costumava passar muitas das suas tardes.
Passando ao que interessa, isto é se gostei? Bem, adorei e tenho a certeza que se pudesse voltar atrás no tempo levaria lá o meu pai, pois este espaço está carregado de muita história e claro, boa comida!
Super exclusivo
Ambiente intmista
Uma sangria deliciosa
Camarões al ajillo
Couvert
Strudel de Bacalhau à Tribeca
Bife à Café de São Bento
Tarte Tatin
Carré 2 Chocolates Denegro
A sala onde Júlio Pomar costumava ficar
A serigrafia de Júlio Pomar