Rumo às férias de armas e bagagens
Dicas para escolherem malas de viagem
Depois de quase três anos de pandemia e quase sem conseguirmos fazer férias “normalmente” muitos de nós sentem em si uma urgência em viajar. Para fora do país ou mesmo dentro do nosso Portugal o que interessa é sair da rotina e conhecer novas paisagens, eventualmente até fazer a viagem das “nossas vidas”.
No meu caso nos últimos dois anos só estive mesmo em Portugal e Espanha, mas posso dizer-vos que ambas as viagens foram complicadas por causa da bagagem.
É certo que durante o tempo que trabalhei numa revista onde fazíamos muitas ações fora e aprendi a fazer malas apenas com o essencial, mas ninguém nos prepara para fazer malas para por exemplo uma viagem de três meses?
Isso foi o que me aconteceu em Abril de 2021 quando no pico da pandemia fui contratada para ir trabalhar três meses para a Corunha. Ora indo em Abril e voltando em Julho ia apanhar duas estações do ano diferentes, neste caso Primavera e Verão. Na altura, as fronteiras terrestres estavam fechadas e só podíamos viajar se tivéssemos uma declaração para trabalhar. Assim, sendo tinha de ir de avião sozinha (a ideia inicial era o meu namorado levar-me de carro até à Corunha) o que fazia com que apenas pudesse levar o “essencial” e o essencial, para não gastar dinheiro extra visto que estava a começar um novo emprego, era mesmo uma mala de mão, uma mochila às costas e uma mala de porão.
Sendo eu uma pessoa poupada, claro que usei as malas que já tinha em casa, isto é a minha mala de porão que me acompanha desde a faculdade, uma mala de mão rígida, que eu já não sei se tem as medidas certas (estão sempre a mudar, por isso é importante informarem-se sempre antes de viajar), e a mochila do computador que uso normalmente.
Depois, foi tentar selecionar a roupa que realmente uso, porque sim, todas nós temos imensas roupas no armário, mas não usamos nem metade, e a seguir selecionei o que seria mais indicado para utilizar em contexto de trabalho e depois algumas roupas que pudessem servir para sair à noite. Além disso, havia que arranjar espaço para alguns acessórios e carteiras.
No final consegui levar tudo (inclusive produtos de beleza) o que achava necessário para aqueles três meses.
Surpresa das surpresas, assim que cheguei à Corunha estava uma chuva descomunal e assim continuou durante dias, e à medida que o tempo ia passado e eu ia percebendo que não fiz as malas da forma mais correta.
O que teria sido correto então?
Ter malas de viagem personalizadas (de rodas e de preferência rígidas para que nada chegue amassado ao destino nem se molhem caso apanhem mau tempo como foi o meu caso) e trolleys (principalmente para o computador e equipamento fotográfico) de acordo com as minhas necessidades (por exemplo, este era um bom brinde para as agências de viagens ou companhias aéreas darem aos seus clientes quando fazem uma compra de valor x).
Escolher uma mala com quatro rodas porque, por exemplo se tiverem de andar muito tempo a pé com a vossa mala e escolherem uma só com duas rodas acabam a fazer muito mais esforço. Além disso se tiverem de carregar mais do que uma mala ao mesmo tempo também é mais prático.
Pesar a mala antes de colocar os pertences porque existem malas que mesmo vazias são muito pesadas e numa viagem grande temos de rentabilizar todo o peso espaço. Também consoante o tipo de que viagem vamos realizar podemos escolher o tipo de mala que levamos (obviamente uma mala de três meses é diferente de uma mala para três dias).
Dividir as joias e acessórios por nécessaires devidamente identificados (os personalizados são os mais giros e também são um bom brinde para as empresas darem aos seus colaboradores) para não misturar os pertences.
Fazer uma pesquisa extensiva sobre as temperaturas do local porque, neste caso eu fiz as malas como se o tempo fosse igual ao de Lisboa e não tem nada a ver.
Etiquetar as malas com o meu telefone, email e morada em Portugal e Espanha (ou seja, o local de origem e o de destino). Felizmente não aconteceu nada às minhas malas, mas mais vale prevenir do que remediar.
Escolher uma mala com um sistema de segurança ou uma que pelo menos dê para colocar um cadeado (eu nunca envio malas com valores para o porão, mas nunca se sabe).
Procurar um serviço que me ajudasse a organizar as minhas malas para não sofrer de ansiedade nos dias anteriores.
Escolher uma mala com uma cor bem visível, não é preciso ser especialmente bonita. Não se esqueçam que nos aeroportos as vossas malas são atiradas como se fossem fardos de palha. Vejam o meu exemplo. Atualmente tenho três malas de viagem: uma castanha, uma vermelha e uma preta e quando estou na recolha das bagagens nunca as encontro à primeira. Porquê? Porque são cores super comuns. A primeira mala de viagem que tive era verde alface e mal chegava encontrava-a logo, ou seja uma cor mais fora de vulgar ajuda-vos a poupar tempo.
Procurem malas com divisórias. Uma mala com compartimentos ajuda-vos a ter tudo mais organizado.
Ou seja, ter as malas e trolleys corretos vai ajudar-vos a passar uma estadia muito mais descansada, ao contrário da minha que acabei a ter de comprar coisas no destino, a ter de pedir coisas emprestadas a colegas de casa e de trabalho e em última instância a ter de pedir ao meu namorado para me levar coisas de Portugal depois das fronteiras terem aberto.
Neste caso foi uma viagem de trabalho num país já aqui ao lado, mas imaginem-vos num país fora da união europeia e onde o custo de vida é muito mais caro? Tenho a certeza que não vão querer gastar dinheiro em coisas que já têm em casa quando podiam estar a usar esse dinheiro para se divertirem nas vossas férias.