Descobrir Barrancos com o Terras sem Sombra
Lazer
Fotos: Graziela Costa
Cada vez mais gosto de programas culturais que misturem vários tipos de atividades. Vou regularmente a concertos, a festivais de verão, ao cinema, ao teatro e a vários tipos de exposições, mas tenho sempre vontade de mais e mais. Assim, quando o Echo Boomer me desafiou a ir fotografar o Terras sem Sombra (um festival que percorre todo o Alentejo), a Barrancos nem pensei duas vezes. Primeiro porque era um festival ao qual nunca tinha ido e segundo porque era uma forma de conhecer um pouco mais do Alentejo.
A viagem de três horas e tal custou um pouco, mas mal cheguei a esta pacata vila apaixonei-me logo. Os sorrisos dos que me receberam e as cegonhas que espreitavam o alarido no largo da Igreja denunciavam que ia ser um bom fim de semana e não é que foi mesmo.
No primeiro dia, almoçámos na Sociedade Recreativa Artística Barranquense, onde tive a oportunidade de provar as famosas sopas de batata (é uma espécie de caldeirada de bacalhau), depois tivemos uma "aula" de Barranquenho e a seguir um passeio pelas ruas de Barrancos.
Visitámos também o Museu Municipal de Arqueologia e Etnografia de Barrancos, um local onde pudemos ver "objetos" encontrados na região e experimentámos as Pinhonates (género de um nougat), um doce tradicional à base de mel, de comer e chorar por mais. Pelo meio ainda tivemos um "concerto" improvisado com um grupo de senhoras bem animadas, mas o melhor ainda estava para vir, pois o jovem violoncelista Pedro Bonet, deu um belo concerto no Cineteatro de Barrancos e é engraçado porque nunca tinha ido a um recital de violoncelo, mas gostei tanto que quero ver se vou a mais.
A noite terminou no Parque de Natureza de Noudar (um local lindo, sobre o qual também vou fazer um post, por isso estejam atentos), uma herdade a 10km de Barrancos onde podemos encontrar todo o sossego que precisamos e ainda uma vista incrível para o castelo de Noudar. Castelo esse que acabei por não visitar, mas no segundo e último dia desta viagem descobrimos um pouco mais sobre o Rio Ardila e toda a biodiversidade envolvente, por isso foi sem dúvida uma experiência que valeu a pena.
E sabem o que é melhor no meio disto tudo, todas as atividades (música, biodiversidade e património) do Terras sem Sombra são gratuitas, por isso se tiverem a oportunidade passem por uma das terras onde o festival vai estar Arraiolos, Viana do Alentejo, Beja, Ferreira do Alentejo, Castelo de Vide, Sines, Alter do Chão, Santiago do Cacém e Odemira são os próximos destinos deste festival que só termina em julho.
Não percam!
Barrancos
Museu Municipal de Arqueologia e Etnografia de Barrancos
Pinhonates
Pedro Bonet
Parque de Natureza de Noudar
Rio Ardila